Augusto teria nascido em Mel (provincia de Beluno) e vindo para o Brasil com 04 anos de idade. No entanto, segundo registra seu certidão de óbito o mesmo nasceu em Veranópolis - RS. Não se encontra registro de imiração dp mesmo, somente de seus irmãos. Viveu sua juventude na colonia de Alfredo Chaves e depois migrou para a colonia Nova (região de Erechim - RS), no município de Marcelino Ramos, hoje município de Viadutos - RS, onde faleceu aos 67 anos no dia 11 de setembro de 1955. Com a ampliação da família e a necessidade de mais terras fez com que vendessem sua propriedade na serra gaúcha e o destino foi outra região montanhosa de matas virgens, porém terras fortes, (já que naquele período as terras planas eram fracas, ácidas e não haviam adubos químicos para fertilizar) e com boas aguadas.
Na comunidade de Lambari, dedicou-se a desmatar matas para fazer seus plantios de trigo, milho, mandioca e demais alimentos para a família.
Casado com Alba de Bona, teve 09 filhos: José, Alexandre, Alberto, Alfredo, Tranquilha, Abrão, Ester, João e Dorino.
Viveu seu resto de vida nessa comunidade de Lambari, e sua velhice foi amparada por seu filho João. Foi enterrado no cemitério daquela comunidade.
A seguir relação de alguns nomes de descendentes de Augusto.
José De Paris
Alexandre De Paris x Maria Bocca
Zelindo De Paris
Alderico De Paris
Antonio De Paris
Teresinha De Paris
Albina De Paris
Ines De Paris
Santina De Paris
Oliva De Paris
Alberto De Paris x Casanova
Alfredo De Paris
Obs. A família de Alfredo está registrada como Deparis. Descrevo alguns detalhes a mais por estar contemplado nesse pequeno ramo da família.
Casou-se com Josefina Bocca.
Alfredo De paris nasceu na antiga colonia, hoje Alfredo Chaves - RS, na região de Veranópolis - RS. Seguinda os caminhos do pai, dedicou-se a agricultura sendo que inicilamente na comunidade de Lambari municipio de Viadutos - RS e no ano de 1947 mudou-se para o municipio de Severiano de Almeida- RS na comunidade de São Brás. Nessa mudança fez com sua esposa Josefina Bocca e com 05 de seus filhos: Fidelis, Nilce, Boaventura, Elias e Juvelino. Seus demais filhos nasceram na nova e definita moradia, sendo eles: Lourdes, Albina, Avelino e Paulo.
Alfredo adquiriu suas terras com parte do dinheiro que recebeu fazendo serviços de cerca de taipa, que consiste em empilhar pedras chatas até aproximadamente 1 metro de altura para cercar gado bovino e ovino.
Na agricultura tinha especial dedicação a seu pareiral armado na estrutura de postes de madeira e bambus, colhendo sua produção para fabricar vinho e vinagre para seu consumo.
Na comunidade de São Brás foi protagonista da construção da escola para seus filhos e da Igreja São Bráz (padroeiro da garganta). Viveu cercado de seus filhos que adquiriram terras na mesma comunidade fazendo de sua ocupação a agricultura. Esta enterrado no cemitério de linha São Bráz.
Nilce Albina De Paris
Nascida 05/12/37 em Lambari, município de Viadutos-RS. Faleceu em Severiano de Almeida
Boaventura De Paris
Casou-se com Pedro Pesavento, nascida em Lambari, Viadutos- RS. Faleceu em Severiano de Almeida.
Valdir Antonio De Paris Pesavento
Fatima De Paris Pesavento
Ademir De ParisPesavento
Lurdete De Paris Pesavento
Antonio De Paris Pesavento (+09/10/2006)
Jair De Paris Pesavento x Dilamar
Jonatan Pesavento
Fidélis De Paris
Nascido em 31/12/1940 em Lambari, município de Viadutos-RS. Casou-se com Tereza Dalbosco. Casaram-se em 13/06/1963 na matriz São Caetano de Severiano de Almeida-RS. Viveram até 1998 em São Brás, município de Severiano de Almeida-RS. Após serem deslocados pela barragem de Itá, viveram em Nova Conquista de Chiapeta-RS, regressando a Severiano de Almeida em 2010. Tiveram 3 filhos:
Edite Terezinha De Paris
Nascida em 04/05/1964. Casou-se com Élio Dartora. Casaram-se em 08/05/1982 na igreja matriz de Severiano de Almeida-RS. Atualmente vivem em Linha das Antas, município de Severiano de Almeida-RS. Tiveram 3 filhos:
Eber Dartora:
Filho
Filho
Vagner Dartora:
Casou-se com Márcia Fischer. Casaram-se em 10/12/2005. Atualmente vivem em Erechim -RS.
Vinícios Dartora:
Maximino Luís De Paris
Nascido em 17/05/1966. Casou-se com Ivanilde Terezinha Link. Agricultores. Casaram-se em 14/01/1995. Vivem em Chiapetta-RS. Tiveram 2 filhas:
Marília Gabriela De Paris
Milena Eduarda De Paris
Marli Maria De Paris
Nascida em 13/10/1968 em São Brás, município de Severiano de Almeida-RS. Casou-se com Reinaldo Sychocki. Atualmente vivem em Três Pinheiros, município de Mariano Moro-RS. Tiveram 2 filhos.
Aline Sychocki -
Douglas Sychocki -
Elias De Paris
Nascido em 19/05/1942 em Linha Suzana, município de Marcelino Ramos-RS. Casou-se com Anair Dalbosco. Casaram-se em 26/07/1969 em Severiano de Almeida-RS. Tiveram 2 filhos:
Ademilson De Paris
Nascido em 02/08/1970 em Linha São Brás, Severiano de Almeida-RS.
Dirlei De Paris
Nascida em 30/07/1975 em Linha São Brás, Severiano de Almeida-RS. Casou-se com Célio Soares da Silva. Tiveram 2 filhos:
Maurício Soares da Silva:
Nascido em 05/09/1994 em Linha Sanga Funda, Severiano de Almeida-RS.
Jaqueline Soares da Silva:
Nascida em 24/01/1995 em Linha Sanga Funda, Severiano de Almeida-RS.
Juvelino Luis De Paris:
Nascido em 02/07/1945 em Linha Lambari-Viadutos-RS. Casou-se com Rita Dalbosco (Falecida). Rita e Juvelino casaram-se em 27/10/1973 em Severiano de Almeida-RS. Vive em Linha São Brás-RS. Tiveram 3 filhos:
Sidiclei Roque De Paris
Nascido em 16/08/1974 em Linha São Brás-Severiano de Almeida-RS. Casou-se com Ivonete Ferro. Sidiclei e Ivonete casaram-se em 15/02/2003 em Dourados-MS. Tem 2 filhos:
Isabella Ferro De Paris:
Nascida em 06/09/2004 em Dourados-MS.
Samuel Ferro De Paris:
Nascido em 10/06/2007 – Dourados MS.
Sedenir Marcos De Paris
Nascido em 23/09/1976 em Linha São Brás-Severiano de Almeida-RS. Casado Com Rogeria Candido. Atualmente reside em Dourados-MS. Tiveram 01 filho:
Miguel Candido Deparis - (Falecido).
Lara Candido Deparis - (Falecida)
Silvio Domingos De Paris
Nascido em 10/10/1982 em Linha São Brás-Severiano de Almeida-BS. Casou-se com Ivonete Kruse. Sílvio e Ivonete casaram-se em 25/05/2002 em Severiano de Almeida-RS. Atualmente vhvem em Severiano de Almeida-RS. Possuem 2 filhas:
Maria Rita De Paris:
Nascida em 22/12/2006 em Severiano de Almeida.
Emanueli De Paris:
Nascida em 11/06/2013 em Severiano de Almeida.
Lourdes Maria Deparis
Nascida em 06/10/1947 em Severiano de Almeida-RS. Casada com Darci Delmo Dalbosco. Darci e Lourdes casaram-se em 07/09/1968 em Severiano de Almeida-RS, onde moram atualmente.
Lenir Salete Deparis Dalbosco:
Nascida em 14/05/1969 em Severiano de Almeida-RS. Casada com André Cogo. Lenir e André casaram-se em 21/11/1991 em Getulio Vargas-RS.
Filha
Olivar José Deparis Dalbosco:
Nascido em 25/05/1971 em Severiano de Almeida-RS. Olivar em 03 filhos. Mora em Balneário Camboriu-SC.
Patricia Dalbosco:
Nascida em 1995 em Severiano de Almeida-RS.
Ana Carolina Dalbosco:
Nascida em 1999 em Severiano de Almeida-RS.
Filha
Genuir Dalbosco:
Nascido em 1973 em Severiano de Almeida-RS. Casado. Tem 1 filha. Atualmente vive em Erechim-RS.
Francielli Daysi Richwichi Dalbosco:
Nascida em em Erechim-RS.
Albina Maria De Paris:
Nascida em 02/07/1950, mora em Severiano de Almeida-RS
Avelino Biasio De Paris:
Nascido em 1954, mora em Severiano de Almeida-RS
Paulo Domingos De Paris:
Nascido em 1956 casado com Nelci Maria Lucini De Paris, mora em Severiano de Almeida-RS
Tranqüila De Paris x Geronimo Cassol
Abrão De Paris x Anastacia - 2ª Esposa Elvira Sartori
Antoninho De Paris
Judite De Paris
Ari De Paris
Luis De Paris
Maria De Paris
Elvira De Paris x Natal Tocheto
Alfonso De Paris
Albina De Paris
Judite De Paris
Clara De Paris
Gema De Paris
Eugenio De Paris
Celestino De Paris
Augusto De Paris
Inês De Paris
João De Paris x Ercilia Specie
Salete De Paris Buginski X Valdir Buginski
Givanildo Buginski
Mauro Buginski
Todos da familia da salete residem em concórdia -sc
Afonso De Paris x Declei M Bonavigo De Paris
Adair De Paris x Cleide Balbinot De Paris
Keli C.B. De Paris
Silmara De Paris (ERECHIM -RS)
Altair De Paris
Com exceção da Silmara todos da familia do afonso residem em Seara -SC
Sobrenome: DI PARIS Nome: GIOVANNI Est Civil 1 = SOLTEIRO Pai: VINCENZO DI PARIS Mae: EMILIA DI PARIS
Nascimento // Idade 006 anos 00 meses Nacionalidd ITALIANA Conjuge _ Profissao _
Procedencia ITALIA_ Chegada 04/03/1886 Entrada p/ RIO DE JANEIRO_ Destino DONA ISABEL/RS_
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 VERSO LANCAMENTO NR 1067_
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO"_
*Conforme informações coletadas até o momento.
Giovanni teria vindo da Itália em 1886 com 06 anos de idade. Habilitou-se para casar em 1903 (Arquivo Publico do RS). Com Carolina teve 3 filhos (Primo, Segundo e Tercilio). Giovanni casou novamente com Domingas Franciscon e desse casamentos teve outros 12 filhos.
A seguir citaremos alguns descendentes de Giovanni que temos coletado até o momento.
Primo De Paris (Benjamim De Paris)
(sem informações de seus filhos, netos...)
Segundo De Paris
(sem informações de seus filhos, netos...)
Tercilio De Paris
Sabino De Paris (mora em Nova Erechim )
Luiz De Paris (Pinhalzinho SC)
Sirlene De Paris
Antonio De Paris
Casado com Assunta Zortea. Assunta morreu em 1945 e Antonio De Paris morreu em 198 Antonio De Paris casou novamente com Catarina Zago.
(ver quantos filhos tiveram no primeiro casamento...)
Valentim João De Paris
Casou-se com Iracema Berlanda De Paris
Tem dois filhos Gelavir e Marcio. (Valentin é filho de Antonio???)
Gelavir Antonio De Paris
Nascido em 06/12/60 em Guaraniaçu – PR. Casou-se com Justina Pietrobon De Paris. Tem quatro filhos:
Stella De Paris
Fernanda De Paris
Douglas De Paris
Arthur De Paris
Marcio Luiz De Paris
Nascido em 31/07/71 em Guaraniaçu – PR. Casou-se com Seloi Gomes De Paris.
Nadir De Paris
Casou com Terezinha – Tem uma filha
Tatiana De Paris
Clóvis De Paris
Casou com Ironi - Tem duas filhas:
Dafne De Paris
Carlize De Paris
Lurdes De Paris
Casou com Pedro – Tem dois filhos:Tiago e Daiana.
Tiago De Paris
Daiana De Paris
Auzilia De Paris
Casou com Clemente Scheco –Tem dois filhos:Vaino e Flavio
Vaino De Paris
Flavio De Paris
Alzira De Paris
Tem dois filhos: Claudia e Geronimo
Claudia De Paris
Geronimo De Paris
Maria De Paris De Cesaro
Casou com Doralino De Cezaro: com o qual tiveram 10 filhos:
Celso De Paris
Luiz De Paris
Sergio De Paris
Lurdes De Paris
Rosa De Paris
Edite(+)De Paris
Elza De Paris
Dirce De Paris
Nair De Paris
Irce De Paris
Otavio De Paris
Casou-se com Anna Bocca. Tiveram 6 filhos.
Orestes De Paris
Casou-se com Catarina Bortolotto
Anita De Paris Sychoki
Cleci De Paris Marchezan
Gesson, Adriano, Wagner, Felipe.
Sirlei De Paris Jacoboski
Roseli De Paris Pascianelo
Olivo De Paris
Nasceu em Viadutos, e faleceu em Realeza-PR
Arlete De Paris
Denilson De Paris
Ivana De Paris
Olivete De Paris
Adilson De Paris
Nasceu em Viadutos, e faleceu em Realeza-PR
Adilson Junior De Paris
Célia De Paris
Paulo César De Paris
Adriana De Paris
Atino De Paris
Nascido em Viadutos, Casou-se com Andolini. Mudou-se para o Paraná, indo residir no país do Paraguai onde faleceu.
Maridiane De Paris
Marines De Paris
Marili De Paris
Jair De Paris
Gilmar De Paris
Mauri De Paris
Maria De Paris
Residente em Realeza-PR
Nelson De Paris
Residente em Realeza-PR
João De Paris
Casou-se com Rosa Tosati .
Antonio De Paris
Jose De Paris
Pascoalina De Paris
Irma De Paris
Maria De Paris
Aurélio De Paris
Casou-se com Angelina Vendrusculo
Antonio De Paris
Anselmo De Paris
Airton De Paris
Nair De Paris
Ana De Paris
Agda De Paris
Neli De Paris
Salete De Paris
Roque De Paris (ou Roco)
Casou-se com Zemira vendrusculo
Aneli De Paris
Sarita De Paris
Rita (+)De Paris
Carmen De Paris
Eduardo De Paris
Olivo De Paris
Adolfo De Paris
Casou-se com Maria Tezori
Antonio De Paris
Domingas De Paris
Orides De Paris
Nadir De Paris
Attino De Paris
Casou-se com Claudina Genovepha Sartori De Paris
Ary De Paris e Deomira Oneide Berté De Paris
Fernanda Aparecida De Paris
Ari Elisandro De Paris
Dianei Atilio De Paris
Daniela De Paris
Lourdes De Paris
Valdir De Paris
Orlando De Paris
Pedro De Paris
Neiva De Paris
Daice De Paris
Agelira De Paris
Casou-se com Albino Rotta – mora em Guaraniaçu – PR. Albino Rotta faleceu em 1984
Nelson De Paris Rotta
Odila De Paris Rotta
Neri De Paris Rotta
Adelaide De Paris Rotta
Orivaldo De Paris Rotta
Valdemiro De Paris Rotta
Ivanete De Paris Rotta
Clovis De Paris Rotta
Ivanir De Paris Rotta
David De Paris
Casou-se com Maria Ficagna. Faleceu em Severiano de Almeida-RS
Aquilino De Paris
Adelise De Paris
Amelia De Paris
Dorvalina De Paris
Alzira De Paris
Alice De Paris
Adilio De Paris
Casou-se com Moro. Residiu em severiano de Almeida e depois em Erechim-RS
Laercio De Paris
Daniela De Paris
Angelo De Paris
Casado com Lúcia De Bastiane, nascido em Severiano de Almeida-RS
Cleonice De Paris
Sandro De Paris
Maria De Paris
Emilia De Paris
Casou-se com Luiz Zamboni
Valerio De Paris Zamboni
Adelina De Paris Zamboni
Odilo De Paris Zamboni
Alida De Paris
Casou-se com Vitorio Tosatti
João De Paris Tossati
Arcilio De Paris Tossati
Henrique De Paris Tossati
Pierina De Paris Tossati
Iris De Paris Tossati
Deolinda De Paris Tossati
Maria De Paris
Casou-se com Orlando Rigon – mora em Dois Vizinhos - PR
Lauro
Valdir
Lorena
Lidia
Giovanni De Paris casou novamente com Maria Vicenzi e teve mais dois filhos
Albino De Paris
(morreu ainda criança)
Caetano De Paris
Casou-se com Vilma Lorini – mora em Serranópolis do Iguaçu – PR. Caetano teve os seguintes filhos.
Sadi De Paris
Alberi De Paris
Clarecir De Paris
Ladir De Paris
Ireni De Paris
Salete De Paris
Caetano De Paris casou novamente com Cladir e teve mais um filho –
Foram sendo registrados outras maneira de escrita do sobrenome De Paris sendo elas: Di Paris, De Paris, Deparis, Paris, Pariz. Essas escritas diferentes inclusive na imigração para o Brasil pode ter aumentado, visto que os dados coletados com os imigrantes eram poucos e com falta de boa vontade dos escrivões e pelo analfabetismo de nossos imigrantes.
Dessa forma encontramos quatro escritas diferentes para esse sobrenome nos desembarques no Brasil: Paris, De Paris, Di Paris, Pariz.
Como Paris ocorrem em maior número, mas com variadas procedências (Itália, França, Áustria, Espanha, Suíça e Argentina). Mesmo os vindos da Itália fica difícil saber o parentesco pois os poucos que tiveram a cidade de origem identificadas são Bergamo, Nápolis, Gênova, Cremona e Valência. Na sua maioria o destino foi interior de São Paulo e Garibaldi-RS.
Os De Paris e Di Paris é possível traçar um parentesco pois ambos são vindos de Mel, região de Beluno e nos registros dos descendentes os Di Paris foram registrados como De Paris e alguns como Deparis, o que demonstra que foi apenas erros de escrita nos documentos de migração.
Brasão de Beluno
Ramo de GIOVANNI DE PARIS
Parte da família De Paris no Brasil (pois não conhecemos todos os integrantes, inicia-se com GIOVANNI DE PARIS, nascido em 1803 na província de Mel Beluno - Itália e falecido em 26/05/1813 no Brasil. Ele acompanhou seu filho Vicenzo até o Brasil. Nesse momento Giovanni esta viúvo de Giustina De Paris (falecida em Mel 30/11/1853). Antes de Giustina fora casado com MARIA MEZZOMO, nascida em 26.05.1813 Mel Beluno - Itália, falecida em Mel em 28.09.1818.
Os mais antigos falavam que teriam vindo dois irmãos para o Brasil e um deles teria morrido com um coice de burro. Fica a pergunta se seria irmão ou filho de Giovanni.
Na documentação obtida com o projeto imigrantes obtemos dados de outros dois De Paris vindos no mesmo navio em 1886, porém ambos sem informação de filiação. Esse outro De Paris poderia ser irmão de Giovanni ou filho de Giovanni.
Dessa maneira poderíamos dizer que se esse outro irmão vindo da Itália fosse irmão de Giovanni se trataria de Giuseppe,, casado com Maria, cujo documentos de imigração citamos a seguir.
GIUSEPPE De Paris
Sobrenome: DI PARIS Nome: GIUSEPPE Est Civil: 2 = CASADO/A
Pai: Mae: Nascimento: __/__/____ Idade: 067 anos 00 meses Nacionalidd ITALIANA
Conjuge: MARIA DI PARIS Profissao: Procedencia: ITALIA Chegada: 04/03/1886
Entrada p/ RIO DE JANEIRO Destino: DONA ISABEL/RS
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 VERSO LANCAMENTO NR 1063
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO"
Esposa de Giuseppe
Sobrenome: DI PARIS Nome: MARIA Est Civil: 2 = CASADO/A Pai: Mae:
Nascimento: __/__/____ Idade 062 anos 00 meses Nacionalidd: ITALIANA
Conjuge: GIUSEPPE DI PARIS Profissao: Procedencia: ITALIA Chegada: 04/03/1886
Entrada p/ RIO DE JANEIRO Destino: DONA ISABEL/RS
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 VERSO LANCAMENTO NR 1064
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO"
Por sua vez se fosse filho de Giovanni e irmão de Vicenzo se trataria de Simioni, cujos dados de imigração relatamos a seguir:
Sobrenome: DI PARIS. Nome: SIMIONE. Est Civil: 2 = CASADO/A. Pai: Mae:
Nascimento: __/__/____. Idade: 025 anos 00 meses. Nacionalidd: ITALIANA.
Conjuge: GIACOMA DI PARIS. Profissao: Procedencia: ITALIA Chegada: 04/03/1886.
Entrada: p/ RIO DE JANEIRO. Destino: DONA ISABEL/RS.
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 LANCAMENTO NR 1061.
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO".
Esposa
Sobrenome: DI PARIS. Nome: GIACOMA. Est Civil: 2 = CASADO/A. Pai: Mae:
Nascimento: __/__/____. Idade: 027 anos 00 meses. Nacionalidd: ITALIANA.
Conjuge: SIMIONE DI PARIS. Profissao: Procedencia: ITALIA. Chegada: 04/03/1886.
Entrada p/ RIO DE JANEIRO. Destino: DONA ISABEL/RS.
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 LANCAMENTO NR 1062.
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO".
1- Vicenzo Beniamino De Paris X Emilia de Lunardo
Os De Paris descritos a seguir se originam portanto de Giovanni, pai de Vicenzo De Paris. Esse é patriarca de todos os ramos descritos a seguir. Vicenzo nasceu em 25/03/1856 na Comune di Mel (Belluno), casou-se em 11/03/1879 na mesma Comune di Mel com Emilia De Lunardo. Ela nascida em 15/01/1858.
Em 23/02/1886 chegaram procedentes de Gênova, no Porto de Santos -SP, e em 04/03/1886 (10.04.1886) no Vapor Rio Grande em Porto Alegre -RS.
Junto consigo trouxe seus filhos Giovanni, Giovanna, Augusto e Silvestro.
Conforme consta no arquivo público do Rio Grande do Sul, as informações de desembarque de Vicenzo e família são as seguintes:
Sobrenome: DI PARIS. Nome: VINCENZO. Est Civil 2 = CASADO/A. Pai Giovanni De Paris Mae:
Nascimento // Idade: 029 anos 00 meses. Nacionalidd: ITALIANA.
Conjuge: EMILIA DI PARIS. Profissao: Procedencia: ITALIA. Chegada: 04/03/1886.
Entrada p/ RIO DE JANEIRO. Destino: DONA ISABEL/RS.
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 VERSO LANCAMENTO NR 1065
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO"
Esposa:
Sobrenome: DI PARIS Nome: EMILIA. Est Civil 2 = CASADO/A. Pai: _ Mae: _
Nascimento // Idade: 027 anos 00 meses. Nacionalidd: ITALIANA.
Conjuge: VINCENZO DI PARIS. Profissao: Procedencia: ITALIA. Chegada: 04/03/1886.
Entrada p/ RIO DE JANEIRO Destino: DONA ISABEL/RS.
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 VERSO LANCAMENTO NR 1066.
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO".
Filhos:
GIOVANNA.
Sobrenome: DI PARIS. Nome: GIOVANNA. Est Civil: 1 = SOLTEIRO. Pai: VINCENZO DI PARIS. Mae: EMILIA DI PARIS.
Nascimento: // Idade: 001 anos 00 meses. Nacionalidd: ITALIANA.
Entrada p/ RIO DE JANEIRO_ Destino DONA ISABEL/RS_
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 VERSO LANCAMENTO NR 1067_
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO"_
GIOVANNI II (provavelmente Silvestro)
Sobrenome: DI PARIS _Nome GIOVANNI _Est Civil 1 = SOLTEIRO
Pai VINCENZO DI PARIS _Mae EMILIA DI PARIS
Nascimento // Idade 000 anos 06 meses_ Nacionalidd ITALIANA
Conjuge _ Profissao _
Procedencia ITALIA_ Chegada 04/03/1886
Entrada p/ RIO DE JANEIRO_ Destino DONA ISABEL/RS_
Obs1 A.H. RGS - CODICE 183 FOLHA NR 21 VERSO LANCAMENTO NR 1069_
Obs2 VIAJOU DO RIO DE JANEIRO P/ RIO GDE SUL NO NAVIO "RIO PARDO"_
No Brasil o casal teve outros 04 filhos. Benjamin, Emilio e Davi e Éster.
Ao cruzarmos os dados com outra fonte, site http://www.emigrazioneveneta.com, obtemos os seguintes nomes e informações sobre imigrantes De Paris saídos da Itália.
COGNOME: De Paris, Giovanni FONTE: I.I. PROVINCIA: COMUNE: DATA NASCITA: 1803 PATERNITA: CONIUGE: Mezzomo Maria DATA MATRIMONIO: LUOGO_MATRIMONIO: ARRIVO IN BRASILE:
COGNOME: De Paris, Vincenzo FONTE: I.I. PROVINCIA: COMUNE: Luogo conosciuto DATA NASCITA: 23-03-1856 PATERNITA: Di Giovanni e Mezzomo Maria CONIUGE: De Lunardo Emilia DATA MATRIMONIO: 11-03-1879 LUOGO_MATRIMONIO:Luogo conosciuto ARRIVO IN BRASILE:
COGNOME: De Paris, Giovanni FONTE: I.I. PROVINCIA: COMUNE: Luogo conosciuto DATA NASCITA: 26-11-1880 PATERNITA:Di Vincenzo e De Lunardo Emilia CONIUGE: DATA MATRIMONIO: LUOGO_MATRIMONIO: ARRIVO IN BRASILE:
COGNOME: De Paris, Augusto FONTE: I.I. PROVINCIA: COMUNE: DATA NASCITA: 1882 PATERNITA: Di Vincenzo e De Lunardo Emilia CONIUGE: DATA MATRIMONIO: LUOGO_MATRIMONIO: ARRIVO IN BRASILE:
COGNOME: De Paris, Giovanna FONTE: I.I. PROVINCIA: COMUNE: Luogo conosciuto DATA NASCITA: 29-03-1884 PATERNITA: Di Vincenzo e De Lunardo Emilia CONIUGE: DATA MATRIMONIO: LUOGO_MATRIMONIO: ARRIVO IN BRASILE:
COGNOME: De Paris, Silvestre FONTE: I.I. PROVINCIA: COMUNE: Luogo conosciuto DATA NASCITA: 1884 PATERNITA:Di Vincenzo e De Lunardo Emilia CONIUGE: DATA MATRIMONIO: LUOGO_MATRIMONIO: ARRIVO IN BRASILE:
Nessa fonte encontramos referencia a Domenico e Giovanni, filhos de Pietro e Francesca Comiotto, os quais cruzando com os dados do projeto imigrantes obtemos também o nome da esposa de Domenico, ambos teriam tido como destino a Bento Gonçalves.
Dados do site emigrazione Veneta:
COGNOME: De Paris, Domenico FONTE: RGS3 PROVINCIA: COMUNE: Luogo conosciuto DATA NASCITA: 1862 PATERNITA: Di Pietro e Comiotto Francesca CONIUGE: DATA MATRIMONIO: LUOGO_MATRIMONIO: ARRIVO IN BRASILE: Rio Grande do Sul.
COGNOME: De Paris, Giovanni FONTE: RGS3 PROVINCIA: COMUNE: Luogo conosciuto DATA NASCITA: 1865 PATERNITA: Di Pietro e Comiotto Francesca CONIUGE: DATA MATRIMONIO: LUOGO_MATRIMONIO: ARRIVO IN BRASILE: Rio Grande do Sul.
Dados do projeto imigrantes:
Sobrenome DE PARIS_ Nome AMABILE ROSMARINO_ Est Civil 2 = CASADO/A Pai CESARE ROSMARINO_ Mae ANNA MARIA DE SALVADOR ROSMARINO_Nascimento 12/11/1863 Idade 013 anos 01 meses Nacionalidd ITALIANA__ Conjuge DOMENICO DE PARIS_ Profissao__ Procedencia CASTION BELLUNO/ITALIA_ Chegada 00/00/1877 Entrada p/ RIO DE JANEIRO_ Destino BENTO GONCALVES/RS.__ Obs1 RESIDENTE NA LINHA PALMEIRO 11 DONA ISABEL / RS.__ Obs2 CASOU EM 24/03/1881LIVRO CASAMENTO DONA ISABEL 1 PG.112 NR.19
Sobrenome DE PARIS__ Nome DOMENICO_ Est Civil 2 = CASADO/A Pai PIETRO DE PARIS_ Mae GIOVANNA DE PARIS_ Nascimento 00/00/1863 Idade 014 anos 00 meses Nacionalidd ITALIANA_ Conjuge AMABILE ROSMARINO DE PARIS_ Profissao AGRICULTOR_ Procedencia MEL BELLUNO/ITALIA_ Chegada 00/00/1877 Entrada p/ RIO DE JANEIRO_ Destino BENTO GONCALVES/RS._ Obs1 RESIDENTE NA LINHA PALMEIRO 3 DONA ISABEL / RS._ Obs2 CASOU EM 24/03/1881LIVRO CASAMENTO DONA ISABEL 1 PG.112 NR.19
Do Rio Grande a família se espalhou mais ainda tomando vários rumos pelo sul do Brasil. Podemos relacionar as seguintes cidades com pessoas pertencentes a família. Em geral o Paraná foi mais povoada por nostra buonna gente.
Com o aumento da estrada de ferro pelo Rio Grande do Sul, novas ligações foram construídas em então, novas colonias foram criadas. Dessa vez os filhos da primeira geração de nascidos no Brasil forçaram os pais a procurar novas glebas de terra para poderem desenvolver suas atividades. Novas colonias foram abertas no centro do estado (Santa Maria) e outras colônias novas mais ao Norte próximas a rio Uruguai.
Nas colônias de Erechim
O segundo destino da família foi nas colônias novas de Erechim. Em 1908 foi fundada a Colônia Erechim, planejada pelo diretor de Terras e Colonização Carlos Torres Gonçalves, atendendo aos princípios positivistas para tornar-se modelo de colonização. O empreendimento teve rápido progresso econômico, facilitado não só pela presença de uma ferrovia, mas também pelas estradas planejadas durante a concepção da colônia e que foram construídas de acordo com os traçados previstos.
A colônia foi instalada em 1910, com a chegada dos primeiros 36 colonos: 4 família com 28 pessoas e 4 solteiros.
Pioneirismo e imigração
A estação ferroviária de Erechim em 1910.
Vista da Avenida Maurício Cardoso na década de 1920.
A região foi colonizada basicamente por imigrantes de origem polonesa (1918), alemã (1912), judaica (1911) e, principalmente, italiana. As primeiras famílias italianas chegaram na cidade por volta de 1910 através da ferrovia. Os imigrantes italianos, ao longo de vários anos, modificaram a fisionomia social da região com seus valores espirituais, culturais e materiais. Grande parte dos imigrantes, não só os italianos, vinham em busca de uma vida melhor para si e para suas gerações. Ainda hoje é possível perceber interferências dos imigrantes oriundos desses países, especialmente na arquitetura e na culinária da cidade.
Já sobre influência da chegada dos primeiros imigrantes, em 1910 a sede da colônia já possuía um aspecto urbano com abertura de ruas e edificação de cerca de cinquenta casas e outras 22 em construção, todas de madeira, inclusive o chalé do escritório da comissão. Incluía ainda dois barracões para hospedagem dos imigrantes, enfermaria e depósito de materiais, nove casas comerciais, uma barbearia, uma alfaiataria, três sapatarias e um açougue. Também foi rápido o desenvolvimento da zona rural. Até 1914, a sede inicial da colônia Erechim foi o povoado que mais prosperou em toda a região. Em 20 de abril de 1916, o escritório da Comissão de Terras e Colonização foi transferido do Povoado Erechim para o de Paiol Grande, sede geral da colônia anteriormente escolhida.
Formação administrativa
Com o crescimento do povoado e de sua economia - agricultura, pecuária, comércio e serviços - o município de Erechim foi elevado à categoria de município com a denominação de Erechim, pelo decreto estadual nº 2342, de 30 de abril de 1918, assinado por Borges de Medeiros, desmembrado do município de Passo Fundo. Sede na antiga povoação de Boa Vista do Erechim, instalada em 18 de junho de 1918. Ao longo dos anos o município foi ganhando novos distritos.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1º de setembro de 1920, o município estava constituído de cinco distritos: Boa Vista do Erechim (sede), Erechim, Barro, Erebango e Marcelino Ramos. Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1937, o município apareceu constituído de onze distritos: Erechim, Barro, Marcelino Ramos, Nova Itália, Nova Polônia, Paulo Bento, Quatro Irmãos, Rio Novo, São Valentim, Treze de Maio e Viadutos.
No quadro fixado em 1943, o município era constituído de doze distritos: José Bonifácio (ex-Erechim), Barro, Carlos Gomes (ex-Ribeirão do Torto ex-Nova Polônia), Cotegipe, Marcelino Ramos, Nova Itália, Paulo Bento, Princesa Isabel (ex-Treze de Maio), Quatro Irmãos, Rio Novo, São Valentim, Severiano Almeida (ex-Nova Itália) e Viadutos. Em divisão datada de 1 de dezembro de 1960, o município era constituído de nove distritos: Erechim, Barão de Cotegipe, Capo-Erê, Itatiba, Mariano Moro, Nova Itália (ex-Severiano de Almeida), Paulo Bento, Quatro Irmãos e Três Arroios; em última modificação feita, em lei estadual nº 10762, de 16 de abril de 1996, desmembrou de Erechim o distrito de Paulo Bento, elevado a município.
Marcelino Ramos- Viadutos- Severiano de Almeida - Erechim- Barão de Cotegipe
O distrito de Marcelino Ramos recebeu a família em seu seio para aqui fazer sua morada. Na vila Suzana e na linha Lambari (hoje pertencente a Viadutos) os De Paris se estabeleceram. A 1ª geração genuinamente brasileira ali fez morada e seus casamentos, ampliando a família. Dedicados a agricultura, novas matas foram derrubadas, novas toras de madeira serradas, formando tabuas para suas moradas, e outras viravam tabuinhas de telhado para cobrir suas casas. Atualmente ainda residem algumas famílias em Lambari, outras se mudaram para a cidade de Viadutos.
Cidade de Marcelino Ramos
Viadutos, como tudo começou: No ano de 1889, o imperador Dom Pedro II concedeu ao engenheiro João Teixeira Soares, a concessão para construir uma ferrovia que teria fundamental importância para a região do Alto Uruguai (RS), a estrada de ferro São Paulo - Rio Grande. A ferrovia de São Paulo – Rio Grande do Sul é uma ferrovia muito longa, de 1.403 km, partindo da cidade de Itararé (SP), passando pelo Paraná, Santa Catarina até atingir o Estado gaúcho, pela região norte, de onde iria terminar em Santa Maria (RS). A estrada de ferro foi à grande responsável pelo nascimento, bem como pelo desenvolvimento de muitos municípios da região Alto Uruguai. O povoado de Viadutos teve início em meados de 1908 com os operários que trabalhavam na construção da ferrovia e que foram gradativamente se estabelecendo às margens da estrada de ferro e, consequentemente, formando o núcleo de moradores do povoado.
Cidade de Viadutos RS
A Origem do nome: A versão para a origem do nome do município se explica pelo fato de que muitos ferroviários que construíram o trecho da ferrovia que liga Gaurama até o local, denominaram o povoado de Viadutos, devido aos vários viadutos existentes em consequência da declividade e dos vales da região. O término da construção da ferrovia, em setembro de 1910, aumentou o fluxo migratório. Além de índios e caboclos que já habitavam o local, chegaram levas de imigrantes italianos - estes em maior número e oriundos das Colônias Velhas -, alemães, poloneses, russos, ucranianos, suecos entre outros. A Estação de Viadutos foi inaugurada no dia 25 de outubro de 1910 pela Cie. Auxiliaire Chemins de Fer au Brésil, empresa belga que tinha a concessão para construir a ferrovia na região do Alto Uruguai. Por volta de 1910, já surgiram às primeiras casas comerciais para atender as necessidades dessa população.
Viadutos de Viadutos
No decorrer do tempo alguns se espalharam para onde hoje situa-se Gaurama, Erechim, Barão de Cotegipe e Severiano de Almeida. Está ultima recebeu em maior número nossos ascendentes na região do Mirim, por volta de 1945,quando da formação da colonia Nova Itália. Parte dos De Paris que ali fizeram morada, fundaram Hotel, ferraria e agricultura. Na Atualidade poucas pessoas são remanescentes na Vila Mirim, que foi escondida sobre as águas do lago da Hidrelétrica de Itá. Apenas descendentes de Alfredo e David De Paris vivem aos redores da Vila e descendentes de Alfredo e Otávio moram na cidade de Severiano de Almeida.
Cidade de Severiano de Almeida-RS
Vista do Lago de Itá onde ficava a Vila Mirim e ao alto a Nova Vila.
Outras cidades gaúchas que receberam Deparis foram: Gravatai, Chiapeta, Santa Maria, Bento Gonçalves.
Foi a partir de 1875, que realmente começaram a chegar os primeiros imigrantes, principalmente italianos, oriundos quase que na totalidade de Tirol Já anteriormente, em 24 de maio de 1870, o Presidente da Província do Rio Grande do Sul, Dr. João Sertório, decretou a criação das Colônias da Serra, que seria mais tarde, o aconchego dos imigrantes, principalmente de italianos. Segundo o seu projeto, a medição dessa região não deveria passas o Rio Antas e, assim foi decretada a criação das Colônias de Conde D’Eu, Dona Isabel e Caxias.
Nesse período, viajantes, que de Lagoa Vermelha se dirigiam a Montenegro para, por via fluvial, alcançarem Porto Alegre, tinham um lugar preferido para repouso neste longo caminho, uma elevação rochosa com ótimo vertente d’água. Este local de pouso e de encontro, no Norte do Rio das Antas, recebeu o nome de ROÇA REIUNA.
A colônia de Dona Isabel, hoje município de Bento Gonçalves, encontrava-se em franco desenvolvimento, quando em 1884, as primeiras levas de imigrantes italianos são encaminhados para o norte do Rio das Antas. Por determinação do Governo Imperial, no local denominado Roça Reiuna foi instalada em 1884, a colônia de Alfredo Chaves, sob a direção do engenheiro civil Dr, Júlio da Silva Oliveira, que na chefia da Comissão Colonizadora, iniciou a demarcação das terras e providenciou o estabelecimento dos primeiros imigrantes.
Foi assim que os primeiros imigrantes, os pioneiros do Progresso de Veranópolis, realizavam sua árdua tarefa de instalação na nova colônia, esta denominada de Alfredo Chaves, em homenagem ao grande vulto Alfredo Chaves, Barão de Quaraí.
Em 1892, foi o povoado elevado à vila, com a denominação de Benjamin Constant, como território do 3º distrito de Lagoa Vermelha. A população local não concordou com a decisão, obrigando o governo a tornar sem efeito o ato, através do decreto nº 232, de 05 de julho de 1892, passando assim novamente a condição de distrito de Lagoa Vermelha, com a denominação de Alfredo Chaves.
Em 15 de janeiro de 1898, por Decreto nº 124-B do então Presidente do Estado, Dr. Júlio de Castilhos, Alfredo Chaves foi desmembrado do território de Lagoa Vermelha e elevada a categoria de Vila sendo constituído como primeiro governante, o Tenente Coronel Dr. Albano Coelho de Souza.
Por existir outro município mais antigo, de igual nome no Estado do Espírito Santo, a comuna mudou de nome para Veranópolis, que significa Cidade de veraneio.
Foi nessa colonia que em 1886 o velho Giovanni, seu filho Vicenzo a nora Emília e os netos Giovanni, Giovana, Augusto e Silvestro ocuparam o tão sonhado pedaço de terra. Segundo lembranças de meu avô Alfredo, nascido nessa colonia, seu nome foi em homenagem ao nome da vila Alfredo chaves. Lembrava que moravam próximo do rio das Antas.
Nessa terra o velho Giovanni faleceria deixando que seus descendentes seguissem o legado de um povo trabalhador, crente na simplicidade, trabalho e fé em Deus.
Com o aumento da família de Vicenzo e a necessidade de terras a família precisou novamente buscar novas terras para acomodar todo mundo. Dessa forma junto com outras famílias venderam a terra desbravada e seguiram para as novas colonias ao norte do rio Grande do sul, região de Erechim.
O sobrenome familiar italiano De Paris pode ser classificado de duas maneiras:
pode se tratar de um toponímico, ou seja de origem geográfica ou;
ser um patronímico, ou seja, baseado em um nome próprio.
Primeira Hipótese
A primeira hipótese o classifica como sendo um toponímico, palavra derivada do grego, composto de "tópos" (lugar) + "nomos", nome: designação de sobrenomes derivados de lugares ou acidentes geográficos.
Nestes casos, topônimos nada tem a ver, diretamente, com apelidos da família mas, sim com o estudo da origem dos nomes de acidentes geográficos que, pôr sua vez foram adotados como sobrenome em muitas famílias.
Os romanos chamavam os Celtas de "Parissi", este povo teria fundado e emprestado seu nome a cidade francesa de "Paris", nesta hipótese, alguém que fosse oriundo de tal localidade pode ter sido identificado em algo como "Fulano, De Paris", este teria transmitido o termo a seus descendentes e iniciando assim o uso do mesmo como um sobrenome familiar.
Segunda Hipótese
A segunda hipótese o classifica como sendo um patronímico, entende-se pôr patronímico (do grego patronymykós), relativo a (ou que indica), o nome dos pais. Vem de "Patronymykós", composto de "Pater", pai + "onima", nome (Nome do pai).
Patronímicos são sobrenomes que consistem numa derivação do prenome paterno, ou seja, o sobrenome ou apelido derivado do pré nome do pai ou de algum antepassado. Foi muito grande a generalização do uso de patronímicos como nome de família (sobrenome).
Esta idéia de se referir ao pai para identificar o filho foi muito difundida e utilizada por diversos povos de varias formas, pelos levantamento executados calcula-se que aproximadamente 37% dos sobrenomes sejam classificados em patronímicos ou matronímicos. Diz-se também que são antroponímicos porque todos derivam de um nome próprio ou antropônimo.
Esta hipótese baseia-se no fato de que o termo "Paris" foi um nome próprio de origem grega (o significado deste nome perdeu-se no tempo), nome de um guerreiro que desencadeou a guerra entre gregos e troianos quando efetuou o lendário rapto de "Helena de Tróia".
Desta forma, entre os séculos VIII e XV, pois foi neste período que 90% dos sobrenomes se formaram, alguém cujo nome fora Paris ou cuja origem tenha sido tal localidade, teve um filho o qual foi então conhecido como "Fulano Filius De Paris" ou seja "Fulano filho do Sr. Paris", o filho deste, ou melhor, neto do patriarca original simplesmente se utilizou do termo após o primeiro nome como forma de se identificar como descendentes daquele Sr., sendo conhecido então como "Sicrano De Paris", o repasse do termo de geração em geração acabou por transformá-lo em um sobrenome familiar.
Não é impossível que, ambas as origens tenha gerado diferentes ramos familiares que se utilizaram do mesmo termo como sobrenome para suas famílias.
Embora, em muitos casos, os italianos se utilizem de formas juntas postas, o termo Deparis não foi registrado em terras italianas, acreditamos então que, ou se trata de uma variação muito rara ou de erro ortográfico ocorrido durante processo de imigração desta família para o Brasil.